Vivências na sala de aula
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
A criança de seis anos, a linguagem escrita e o Ensino Fundamental de Nove Anos.
● Considerar a realidade sociocultural dos alunos e o contexto da escola.
● Professoras têm em mente uma proposta de ensino na qual possam buscar referências metodológicas para projetar seus trabalhos junto às crianças.
● Para que uma proposta de ensino se torne um referencial e se materialize em uma prática de ensino adequada, ela deverá ser validada e reconstruída a partir dos conhecimentos que se tem das crianças e também das interações que se estabelecem entre os participantes do grupo escolar e deles com os objetos do conhecimento.
● Assim, avaliação e planejamento são fatores determinantes para a consolidação desta prática.
● O planejamento pedagógico, como projeto de trabalho do professor, só se torna efetivo se elaborado a partir da articulação entre a proposta de ensino e os sujeitos da aprendizagem.
● A prática de ensino consistente tem em sua conformação esse conjunto de elementos bem definidos. Pressupondo uma construção singular de cada professora com seu grupo de alunos ao mesmo tempo em que requer um trabalho coletivo envolvendo todo o corpo docente e os demais profissionais na sua elaboração.
● Essa construção cotidiana da prática educativa exige dos seus profissionais, a capacidade de fazer escolhas, criar, recriar, pesquisar, experimentar e avaliar constantemente suas opções.
● Somente uma prática pedagógica autônoma garante as condições para o exercício profissional competente e para a construção de uma educação comprometida com a qualidade referenciada socialmente.
● Tendo como eixo o principio da autonomia docente como condição, para a concretização da prática pedagógica que acreditamos ser de qualidade.
� Letramento;
� Desenvolvimento da habilidade de leitura e escrita das palavras, frases e textos em sala de aula;
� Aquisição do sistema de escrita e o desenvolvimento da consciência fonológica;
� O desenho e a brincadeira – formas de linguagem a serem exploradas no processo de alfabetização.
● Objetivos gerais: para o ensino da escrita;
● Eixos do plano didático: correspondem aos conteúdos da ação pedagógica;
● Objetivos de aprendizagem: correspondem ao que se espera que as crianças desenvolvam em relação às habilidades; construam em relação às representações e se apropriem em relação às práticas e aos modos de se relacionarem a língua escrita;
● Situações de aprendizagem: situações nas quais crianças e professoras adotam formas específicas para aprender e ensinar no contexto da escola.
Referência:
MACIEL, Francisca Izabel Pereira. BAPTISTA, Mônica Correia. MOREIRA, Sara Mourão (orgs.). A criança de seis anos, a linguagem escrita e o ensino fundamental de nove anos: orientações para o trabalho com a linguagem escrita em turmas de crianças de seis anos de idade. Belo Horizonte: UFMG/FaE/CEALE, 2009.
Referência:
MACIEL, Francisca Izabel Pereira. BAPTISTA, Mônica Correia. MOREIRA, Sara Mourão (orgs.). A criança de seis anos, a linguagem escrita e o ensino fundamental de nove anos: orientações para o trabalho com a linguagem escrita em turmas de crianças de seis anos de idade. Belo Horizonte: UFMG/FaE/CEALE, 2009.
Oralidade e Leitura
O desenvolvimento da oralidade está vinculado a formas de expressão oral da criança em sala de aula quando narra um acontecimento de seu cotidiano, quando lê um trecho de uma história e consegue ser clara, lendo com pontuações corretas, com entonação de voz, que possa transmitir a mensagem do autor, sendo um bom mensageiro, usando essa oralidade para comunicar-se e fazer-se entender. No mundo letrado não se lê e se escreve apenas, mas principalmente se fala.
Já a leitura é um exercício de oralidade, ou seja, é através dela que a criança enriquece seu vocabulário, ampliando seus conhecimentos de mundo, transmitindo sua maneira de pensar e sentir através da oralidade e da escrita.
Cabe ao professor em sala de aula promover discussões orais onde se pode constatar o progresso do aluno, também, incluir atividades de produções textuais, interpretação de textos, proporcionando ao aluno um avanço gradativo em seu potencial de aprendizagem.
Alfabetização, leitura e escrita
A criança vai descobrindo as propriedades da leitura e da escrita através de um processo construtivo. Este processo varia de criança para criança. A aprendizagem é um processo de evolução, onde escrever e ler são duas atividades fundamentais no processo de alfabetização onde a leitura de mundo antecede a escrita com o objetivo de apontar o processo de alfabetização que necessita ser construído, partindo da ideia de que aprendemos construindo e, para construir, temos que pensar.
O professor tem papel de mediador e também deve saber como a criança aprende para facilitar a alfabetização. Para Ferreiro(1985), existe um sujeito que conhece e, que para conhecer, é necessário interagir com os objetos da realidade. Neste sentido, o professor deve estar atento para promover a aprendizagem, entendendo que a escrita é um processo evolutivo, pois a escrita representa a fala, não sendo necessário associar letras e sons.
Também é preciso que o professor promova situações em que a escrita se torne objeto do pensamento, valorizando as histórias ouvidas e contadas pelas crianças, partindo da escrita dos seus nomes e até de bilhetes (usos sociais da linguagem), integrando o conhecimento espontâneo da criança ao ensino, dando maior significado, atribuindo sentido.
Não há muito o que inventar em relação a situação de ensino e aprendizagem, mas sim buscar sentido nos conhecimentos que os alunos já possuem para construir o processo de alfabetização.
Não há muito o que inventar em relação a situação de ensino e aprendizagem, mas sim buscar sentido nos conhecimentos que os alunos já possuem para construir o processo de alfabetização.
Referências:
FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização, 24ª ed. São Paulo: Cortez, 1985.
FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. A compreensão do sistema de escrita, 1ª ed. Barcelona, 1981.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia, 28ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Percepções sobre as leituras
Os documentos publicados pelo MEC(1998) - os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's) - pretendem contribuir para melhoria da qualidade do ensino no País, documentos estes fundados em concepções teóricas recentes e inovadoras. No PCN de Língua Portuguesa, a intenção é de que as propostas apresentadas sirvam de apoio ao trabalho do professor, para que este permita aos alunos o uso eficaz da leitura e da escrita e dos benefícios de sua apropriação, diminuindo o fracasso escolar e possibilitando o efetivo exercício da cidadania.
A leitura e a escrita são habilidades que crianças, jovens e adultos precisam se apropriar, instrumentos para a inserção social das pessoas e fortalecimento de suas identidades sociais, onde tenham seus direitos defendidos e que cumpram seus deveres, a fim de construir uma sociedade mais justa e igualitária.
As crianças possuem um imenso repertório de conhecimentos fora da escola, que são adquiridos a partir das diferentes atividades vivenciadas em suas casas, assistindo televisão, convivendo com a tecnologia, entre outros. Saberes fundamentais para a aprendizagem escolar, pois toda construção de conhecimento científico é relacionado à vida cotidiana.
Enquanto professores dos anos iniciais, nosso papel é fazer com que as crianças se apropriem da linguagem escrita, não como conteúdo escolar a ser aprendido, mas como ferramenta que interage com o seu mundo (infantil) e com a sua maneira de apropriar-se do mundo, utilizando-se de conhecimentos do cotidiano como ponto de partida para as práticas e intervenções pedagógicas.
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